9.27.2006

Vem...

Vem sentar-te aqui. Faz-me companhia.
Não digas nada, fica apenas.
Dá-me a segurança do teu corpo presente. Dá-me a mágoa de não te ter…na tua, simples, presença.
Mais uma noite chegou e a pequena sala tornou-se um espaço colossal por preencher. O vento aumentou e o frio lembra o Outono que chegou trazendo mais serões de música e de leitura, noites maiores, mais vazias, mais solitárias.
Vem dar-me o sorriso que os meus lábios se esqueceram de como expressar, vem mostrar-me que estas mãos são mais do que o vazio que agora têm, vem dar-me a paz que eu me esqueci que se pode sentir. Vem, sem mágoas nem perguntas, sem lágrimas e sem respostas.
Fica comigo, um pouco. Deixa-me descansar que é só assim que eu o posso fazer. Fica mais um pouco e deixa-me experimentar de novo a sensação de sentir o calor do teu corpo dar-me alguns minutos de liberdade.
Deixa-me olhar para ti que é só assim que eu sei ser feliz.
Vem sentar-te aqui, perto de mim e deixa, que em silencio, te diga os mais bonitos versos que te fiz…

Paulo Sousa

9.17.2006

!!!

Não tenho que te diga. Esgotámos as palavras.
Esgotámo-nos.
Esgotámos as frases, os textos e as palavras.
Esgotámos os sorrisos, os olhares e os abraços.
Esgotámos o que era nosso e o que nunca nos foi dado.
Tantas coisas que não te disse porque já sabias!
Tantas coisas que quis ouvir e nunca me disseste!!!
Pensaste que eu sabia ou nunca tiveste intenção de me dizer!
Mas que isso não nos importe; se fomos tudo isso sem nunca o dizermos,
Se fomos tudo isso elevado ao expoente da loucura,
Se fomos tudo o que não posso descrever. Que ninguém pode descrever.
Contigo ficou uma marca indelével.
A mim restou-me imagens por legendar e a angústia de imaginar um fim.
Esgotámo-nos!..


Paulo Sousa

9.12.2006

Ilheu do Topo de S. Jorge


Ilheu do Topo de São Jorge e a minha ilha sombreada no horizonte...

9.11.2006

Lindo!!!

Ilha

A minha alma é uma lagoa a palpitar no coração da montanha
Pelo meu corpo serpenteiam-se caminhos enroscados nas encostas
Tenho longos cabelos coroados de flores, no alto do monte tacteio as nuvens...
E há vida que escorre da serra e se forma como mantos sagrados,frágeis, salgados, bordados de pérolas e solidão
No olhar traços dos rostos áridos da gente nascida e embalada pelas ondas do mar.

By Lavinia Matos

Há muito tempo que nao postava nada de outros autores porque acho mais bonito
ver esses trabalhos nos seus proprios contextos, mas neste caso nao resisiti. Este poema é simplesmente fantastico e assim é uma forma de o poder partilhar com mais pessoas. Acima está
o link, nao deixem de ver este poema e outros de igual qualidade no seu contexto original.

Paulo Sousa