10.12.2007

Dizeres III


Recordo-me que o mundo era bom quando segurava a mão da minha mãe nas voltas da cidade. Quando adormecia junto ao seu peito, com a segurança do seu braço firme nas minhas costas, durante as lentas viagens de autocarro.

Cresci, tudo se complicou, e as vezes preciso tanto deitar-me nesse conforto que o tempo arrancou de mim.

3 comments:

Raquel Branco (Putty Cat) said...

O tempo pode arrancar muitas coisas de nós e lavar muitas feridas.

E nós, limitados de tempo, só temos que deixar pousar as memórias boas, dessas de que falas, suavemente no peito e ir desfiando-as enquanto o tempo o permitir.

Anonymous said...

Não sei o que dizer, mas queria deixar algo aqui... Porque é bonito e nostálgico e doce mas, sobretudo, porque me chegou ao coração...

Ana said...

tão bonito.