10.01.2007

Poema


Queria um poema escrito por minguem e ninguém nunca o encontrasse, com cheiro a eucalipto e a mato.
Sonho com um poema sem rimas, pleno e absoluto, a saber a maresia e a vento.
Um poema que envergasse a lucidez do sol marcando o tempo, e a
força da chuva varrendo os tectos da cidade.
Queria muito mais profundo o oceano e muito mais longínquo o firmamento, trazer as mãos carregadas de estrelas e o coração pulsante como um vulcão em chamas.
Um poema feito essência…leve…com aroma de terra molhada pela manhã. Que te invadisse a alma e os sentidos, que te levasse a uma dimensão etérea, onde a melodia perfeita dessa musica que eu não sei, fosse palavras a renascer continuamente…
E nesse poema que não sei se existe, guardo tudo o que tenho para te dizer…
…aqui no outro lado de mim.
foto from ollhares.com

4 comments:

Brain said...

Palavras ditas assim,
Elas próprias,
Do outro lado de nós!

Fantástico P-S!

Abraço.

Anonymous said...

Lindo...como sempre

Raquel Branco (Putty Cat) said...

O outro lado de mim....está tão longe.


Fabuloso, Paulo.

Deixo-te o meu beijo

Walter said...

Genial...as tuas palavras falam por si mesmas!
walter