4.24.2008

Silêncios


Os dias também vivem do silêncio, quando a vida se cansa das palavras gritadas sem eco e sem retorno. Cansa-me o choro, o desabafo, os poemas, a tinta e o papel.
Nos dias em que tudo o que me sobra é um tempo prisioneiro do próprio tempo, que não sendo meu, sempre passa como a maior verdade de sempre.
Dias em que me grita bem do fundo da alma uma solidão que tenho que sentir, que é minha e de mais ninguém, como um luto sem eu saber de quem, sem saber de quê!


foto from olhares.com

8 comments:

Jus d'espoir said...

Só tu para escreveres algo com tanto sentimento. Algo que faz eco nas intermitências da vida. Abraço

Anonymous said...

Simplesmente LINDO!

Anonymous said...

Silencias o teu coração que mantém viva um chama que já não arde...
Silencias a tua boca que brotam palavras que já não tem letras...
Silencias o tempo que passa e o relógio da pearede permanece inalterado...
Silencias a solidão enquanto olhas para o lado e vês alguém...
Silencias... o próprio silêncio...

Luís Filipe C.T.Coutinho said...

Só precisas do teu silêncio...


abraço

Brain said...

P-S,
Amigo,
Já não é "tempo de mais" em silêncio?

Espernei-a!
Grita!
Deita cá para fora TODO ESSE SILÊNCIO!

Já se sente a tua falta...
Já se sente.

Abraço.

Anonymous said...

É sempre tão bom ler-te na curva das palavras!...

Ficaremos a aguardar o teu não silencio :)

Beijo

Patrícia said...

Por vezes, o silêncio é como música para os nossos ouvidos ! Beijo *

Anonymous said...

Absolutamente fantástico! Adorei.


Luísa