9.04.2009

Não digas nada. Não te atrapalhes. Eu nada quero saber de ti.
(Nada que não se leia nos poros do teu corpo)
Podes vir, sim, se a noite te trouxer sem pressas, sem ilusões, sem vislumbres de madrugadas felizes. Não me confidencies, não sou esse que procuras. Sillencio.
Se vieres, sê puro instinto, odor de cansaços, dedos e braços e suores.
Não te percas em palavras, fica-te pela intensidade do silêncio, que este tempo que se perde é de ouro,
(E a vida fica-se a cada pausa como um traço de bolor no tempo)
Silencio, não digas nada, hoje quero-te apenas por querer, quero-te apenas porque quero, apenas. Vem que eu talvez esteja vencido pelo cansaço de ser.
Podes vir, que hoje eu sou este que eu próprio desconheço, a mais profunda negação de mim!...

7.28.2009

Ainda por aqui!

Ainda estou por aqui,
de surdina, em silêncio, mas estou.
Vou vendo de longe os blogs amigos sem tempo para explorar outros novos.

Não fugi, não desapareci (embora às vezes penso que o deveria ter feito), mas não, ainda cá estou.
Envolto em mil silencios, silenciando mil gritos, vou virando cada página sofregamente (como é de ser).
A cada por-do-sol um céu carregado de estrelas e sobretudo a promessa renovada do nascer de outro dia!

Voltarei em breve.

2.15.2009

Escrever-te

Queria escrever-te, queria escrever para ti, mas não te encontro nas minhas palavras, não as sei juntar de forma que dissessem como eu te vejo, como te sinto, e se é que isto faz algum sentido, hoje sei que não nos encontramos no tempo certo para que pudéssemos acontecer, no entanto sou o mesmo que te cativou e em ti existem ainda todas aquelas coisas que me levaram ate a ti, embora as tentes esconder dos olhos do mundo.
Não te sinto longe, que a distancia é apenas mais uma ilusão entre todas as outras que desvanecem quando aprendemos a derradeira lição de que nada verdadeiramente se possui.
Leio-te, releio-te e a cada palavra tua uma catadupa de emoções, vejo-te muito mais (poesia) do que algum dia ousarias pensar ser, tão para alem do que me guia, inexoravelmente superior.
Remeto-me pois ao silêncio para não te atrapalhar,
e a vida segue de longe o paralelismo dos nossos sonhos.

1.23.2009

Hoje é minha a noite


Estas noites em que eu vivo só por ter vivido, existo só porque o cheiro, o tacto, o sabor dos dias que passaram está irremediavelmente em mim e é tão fácil encontrar-me numa qualquer teia do tempo, à janela de um sorriso.
A chuva cai lá fora…e…cá dentro a noite esgota-se em mim, nostálgica, triste, tão minha, tão profundamente minha…