9.27.2006

Vem...

Vem sentar-te aqui. Faz-me companhia.
Não digas nada, fica apenas.
Dá-me a segurança do teu corpo presente. Dá-me a mágoa de não te ter…na tua, simples, presença.
Mais uma noite chegou e a pequena sala tornou-se um espaço colossal por preencher. O vento aumentou e o frio lembra o Outono que chegou trazendo mais serões de música e de leitura, noites maiores, mais vazias, mais solitárias.
Vem dar-me o sorriso que os meus lábios se esqueceram de como expressar, vem mostrar-me que estas mãos são mais do que o vazio que agora têm, vem dar-me a paz que eu me esqueci que se pode sentir. Vem, sem mágoas nem perguntas, sem lágrimas e sem respostas.
Fica comigo, um pouco. Deixa-me descansar que é só assim que eu o posso fazer. Fica mais um pouco e deixa-me experimentar de novo a sensação de sentir o calor do teu corpo dar-me alguns minutos de liberdade.
Deixa-me olhar para ti que é só assim que eu sei ser feliz.
Vem sentar-te aqui, perto de mim e deixa, que em silencio, te diga os mais bonitos versos que te fiz…

Paulo Sousa

7 comments:

Walter said...

Lindo o texto, com um sentimento pujante que brota de cada palavra. Vou "linkar-te" no meu blog!
www.tonsdevermelhor.blogspot.com

Anonymous said...

... vou, sento, fico...

Margarete

www.tudoestaconsumado.blogsource.com

Anonymous said...

Já li e reli este poema várias vezes e ainda não consegui arranjar palavras para descrever o que senti, mas posso dizer-te que me emocionei a cada verso. Está muito bem escrito, cheio de força! Muitos parabéns! Só tenho pena que ainda poucos conheçam este teu enorme talento poético. Um beijo cheio de orgulho em ti.

viveremsegredo said...

triste...mas perfeito nas palavras.

Anonymous said...

Adorei o poema tá simplesmente genial! cada vez gosto mais de passar por aqui...

Anonymous said...

Fantastico!!!

Anonymous said...

Exactamente o que sinto! Exactamente o que eu queria dizer... Escreves muito bem! Parabéns! Gosto muito de te ler... :-)