11.29.2006

As vezes...

As vezes consigo ver o teu rosto, a tua imagem ficou gravada como uma cicatriz, grave, indisfarçável, não a consigo esconder nem reprimir.
As vezes, entre os acordes suaves duma canção, o espírito como que, não se contendo, encontra-te devastadoramente presente, as tuas mãos como que se materializam nas minhas e o teu cheiro volta a inundar o quarto.
As vezes tudo parece tão simples de definir e aceitar, outras, parece que jamais encontrarei respostas e que nem as perguntas terão sentido reformular.
As vezes não sei de nada. Não sei se a vida nos compensará pelo que somos e pelo o que de verdade há no que fazemos, ou se nos penalizará pela falta de atitude perante o que sentimos.
Seja como for, permaneço com a inabalável certeza de que amar, verdadeira e plenamente, nunca poderá ser em vão.

Paulo Sousa

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