11.29.2006

As vezes...

As vezes consigo ver o teu rosto, a tua imagem ficou gravada como uma cicatriz, grave, indisfarçável, não a consigo esconder nem reprimir.
As vezes, entre os acordes suaves duma canção, o espírito como que, não se contendo, encontra-te devastadoramente presente, as tuas mãos como que se materializam nas minhas e o teu cheiro volta a inundar o quarto.
As vezes tudo parece tão simples de definir e aceitar, outras, parece que jamais encontrarei respostas e que nem as perguntas terão sentido reformular.
As vezes não sei de nada. Não sei se a vida nos compensará pelo que somos e pelo o que de verdade há no que fazemos, ou se nos penalizará pela falta de atitude perante o que sentimos.
Seja como for, permaneço com a inabalável certeza de que amar, verdadeira e plenamente, nunca poderá ser em vão.

Paulo Sousa

11.19.2006

Tempo de deixar ir

É tempo de deixar ir. Eu sei. É tempo de cerimónias fúnebres. Cansei-me de esperar pelo que certamente nunca aconteceria. Sei que te pode parecer estranho mas na verdade todo este tempo foi de olhar o horizonte em busca de um sinal de ti, mantendo sempre acesa a lamparina de um regresso que só eu não sabia não ser possível. Por acreditar no amor e nas pessoas e por ter a certeza de que nada é mais forte do que isto que me deste a possibilidade de sentir, este amor verdadeiro, transcendente, muito acima de um sentir daqueles que vem e que vai. Por isso e só por isso, esperava que entendesses, esperava por ti. É tempo de enterrar o morto. Espero que sintas a minha falta, espero que chores e que alguém reconheça no teu luto o sentimento que um dia me fez amar-te.

Paulo Sousa

11.11.2006

Obrigado

Quero agradecer a todos quantos visitam o meu “blog”. Para mim é muito importante este feedback que vou tendo através dos vossos comentários, é importante saber que o que escrevo diz, de uma forma ou de outra, algo a alguém aí desse lado. Agradeço também a todos que colocaram o “link” para do meu nos seus “blogs”, o que é muito gratificante para mim.
Vou continuar a escrever o que sinto, o que sou e o que sonho, da mesma forma despretensiosa com que sempre o fiz, sem qualquer intuito que não seja exprimir o que me vai na alma, mas se isso agradar às pessoas que me vão visitando só me posso sentir feliz.
Obrigado a todos, e não deixem de comentar, é bom saber a vossa opinião.

Paulo Sousa

11.07.2006

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Hoje escrevi-te mais uns versos enquanto te revia no sossego do quarto, enquanto te via através do olhar com que mais ninguém te vê, mas que te importa?! Que diferença te faz, que te encontre depois de tudo o que já esqueci e te escreva neste incontrolável impulso? Nem gostas de versos e se gostasses comprarias livros da especialidade, que eu nem sequer poeta sou. Mas a mim que me importa que não os leias?! Escrevo-te sempre, mesmo enquanto outros te vão amando por aí!

Paulo Sousa