Peguei num papel e desenhei-te, na única forma que sei desenhar, escrevendo. Vi e revi cada frase, palavra por palavra e fui assim descrevendo cada pormenor de ti, todos os traços, todas as sombras, não esqueci nenhum detalhe, nem os menos evidentes.
No final percebi que jamais alguém te identificaria no meu desenho.
Guardo comigo uma imagem única de ti. Como quem fecha as mãos em concha e guarda um pedaço de vento.
Paulo Sousa
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4 comments:
Pois, quando gostamos de alguem tudo se torna diferente até a imagem que temos dela.
muito bem escrito.
É possível deixarmos essa imagem na concha, só na concha feita de mãos fechadas?
É possivel guardarmos nas mãos um pedaço de vento??? É possivel termos uma imagem unica de alguem?
Bj
Já li este teu pequeno texto, algumas vezes. Deixou-me a pensar :-)
É mais um dos teus belos momentos, uma historia tua, mas que poderia ser De muitas pessoas.
Abraço
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