9.12.2007
Depois de ti...
Depois de ti passaram muitas vidas!
Depois de ti romperam madrugadas detrás de outras janelas, encheram-se de verde muros outrora vestidos de cinza.
Depois de ti, houve confortos nascidos nos gestos repetidos de iludir a face que o espelho reflectia.
Depois de ti eu, sempre eu! Ainda cá estou e tantos dias que fugiram.
O velho caderno mudou de textos e de tinta. O Outono voltou a despir as árvores na rua que passa mesmo á tua porta, e eu parei para ver se ainda te via, mas meu amor, isso foi depois de ti, e a rua era só o vento que corria.
foto from olhares.com
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8 comments:
Escrito com uma bela serenidade.
Este teu texto faz-me pensar que, um dia, não quero dizer "depois de ti".
Que não quero apenas sentir as memórias da pele e dos beijos.
Que não quero apenas sentir o vento pelas ruas onde passamos de mão dada.
Não era isso que queria sentir, nem um dia escrever.
Mas, se tiver que ser, se tiver que o escrever, fá-lo-ei com a mesma intensidade e talvez com a mesma serenidade como tu acabaste de o fazer.
Hoje, não te posso dizer que fiquei sem palavras...despertaste-me os sentidos.
Beijo grande
Putty
Tens uma escrita envolvente.
Gosto!
Fiquei cliente.
Abraço.
Magnifico!
Adoro ler-te
Quando a luz do meu farol me traz até aqui fico sempre com vontade que o vento nunca leve estes escritos, que se sentem como a pele.
:)
...siempre se vuelve al primer amor...
Que lindo!
Este texto singifica a consciencialização de uma cura! Não de uma doença mas de um estado de dependencia que nao fazia mais sentido! Obrigado pelos comentarios
Parabéns! Pelos sentimentos e pelas palavras...
Mare
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