
Não sei nada, absolutamente nada! Mas quero abraçar este vazio, quero essa consciência e a simplicidade das pequenas coisas. Quero os dias uns atrás dos outros mesmo que sempre iguais, aprenderei que a luz se despede do dia devagarinho, que tudo é precioso porque passa e que a noite pode ser de paz e tranquilidade.
Não quero ver a vida a passar, quero me toque quando passa!
Quero cuspir ou engolir este nó na garganta (tanto faz)!
Quero mais alto o sonho. No meio desta inquietante ignorância aprender a não ter, quero a estrada de pés descalços e a alma atenta ao som do piano que sempre acende quando os silêncios ferem e consomem.
Como um lago, ver passar as estações, sentir a bênção da chuva quando cai e a inconstância do vento que não fica.
Quem sabe, envelhecer ao som do violino que sempre chorou dentro de mim mas que sempre foi melodia e foi razão para sonhar…
Paulo