4.11.2007

Como o Lago...

Não sei nada, absolutamente nada! Mas quero abraçar este vazio, quero essa consciência e a simplicidade das pequenas coisas. Quero os dias uns atrás dos outros mesmo que sempre iguais, aprenderei que a luz se despede do dia devagarinho, que tudo é precioso porque passa e que a noite pode ser de paz e tranquilidade.
Não quero ver a vida a passar, quero me toque quando passa!
Quero cuspir ou engolir este nó na garganta (tanto faz)!
Quero mais alto o sonho. No meio desta inquietante ignorância aprender a não ter, quero a estrada de pés descalços e a alma atenta ao som do piano que sempre acende quando os silêncios ferem e consomem.
Como um lago, ver passar as estações, sentir a bênção da chuva quando cai e a inconstância do vento que não fica.
Quem sabe, envelhecer ao som do violino que sempre chorou dentro de mim mas que sempre foi melodia e foi razão para sonhar…

Paulo

8 comments:

Embryotic SouL said...

OLá Paulo!
Tens uma escrita sentida. Gostei destas palavras, que à deriva das águas deste lago, se fizeram sentir.

Abraço

Ana said...

gosto sempre tanto das tuas palavras.

(venho cá... em silêncio)

parabéns pela sensibilidade!

Fúria das Águas said...

Paulo vim agradecer sua visita em meu cantinho, obrigada.
Vc me levou a este lago de alguma maneira.
Um beijo
Fica bem
Furia

Luís said...

Nenhum lago está isento de uma pedrada que lhe agite as águas, caro amigo!

eu... said...

gostei... do texto ... da foto...

Anonymous said...

Envelhecer ao som do violino que inspira sonhos é uma imagem muito bonita.

Gostei do texto. Depois tenho de passar cá com mais calma para ver o resto do blog.

Walter said...

Escreves com um sentimento invulgar!parabens!

Anonymous said...

Great work.